

➤ O que é o meningioma?
O meningioma é um tumor que se origina nas meninges, as três camadas de tecido que envolvem e protegem o cérebro e a medula espinhal. É o tumor intracraniano mais frequente em adultos, representando cerca de 30% de todos os tumores primários do sistema nervoso central.
Embora o nome “tumor” possa assustar, a grande maioria dos meningiomas é benigna (Grau I da OMS) e de crescimento lento. Existem, no entanto, formas atípicas (Grau II) e anaplásicas (Grau III), que podem ter comportamento mais agressivo e maior risco de recidiva.
➤ Anatomia e origem
As meninges são compostas por três camadas:
Os meningiomas originam-se da camada aracnoide, geralmente junto à duramáter. Eles podem surgir em qualquer parte do encéfalo ou da medula espinhal, mas são mais frequentes:
➤ Fisiopatologia
O meningioma se forma a partir de células aracnoides que sofrem mutações e passam a se multiplicar de maneira descontrolada. Mesmo sendo tumores geralmente benignos, podem crescer e exercer efeito de massa, ou seja, comprimir o cérebro ou nervos cranianos, causando sintomas neurológicos.
O crescimento costuma ser lento e progressivo, o que permite que o cérebro se adapte por um tempo. Por isso, muitos casos são descobertos apenas em exames de imagem feitos por outras razões.
➤ Sintomas – Quando investigar
Nem todo meningioma causa sintomas. Em geral, eles só se manifestam quando o tumor atinge determinado tamanho ou está em uma região crítica.
Sintomas mais comuns:
A localização do tumor determina o tipo de sintoma. Por exemplo:
➤ Diagnóstico
O diagnóstico definitivo é feito por imagem cerebral, principalmente pela ressonância magnética com contraste. Nela, o meningioma aparece como uma lesão sólida, bem delimitada, com forte realce após contraste, e frequentemente com “cauda dural” (espessamento da dura adjacente).
Exames complementares:
A biópsia geralmente não é necessária antes da cirurgia, pois o diagnóstico por imagem costuma ser claro.
➤ Rastreamento – É necessário?
De forma geral, não se recomenda realizar rastreamento com exames de imagem em pessoas assintomáticas, pois:
Exceções:
➤ Classificação pela OMS
A classificação é feita com base no exame anatomopatológico após cirurgia.
➤ Conduta e tratamento
Depende de fatores como:
Opções:
○ Quando o tumor é pequeno, assintomático e estável.
○ Ressonância periódica (a cada 6 ou 12 meses).
○ Indicada quando há sintomas, crescimento progressivo, ou localização de risco.
○ O objetivo é a ressecção completa, quando possível, com segurança.
○ Para tumores de difícil acesso cirúrgico;
○ Em casos de recidiva;
○ Complementar à cirurgia em meningiomas grau II ou III.
➤ Prognóstico
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