Gliomas são neoplasias primárias do sistema nervoso central que se originam das células gliais, incluindo astrócitos, oligodendrócitos e células ependimárias. Representam aproximadamente 30-40% de todos os tumores primários do SNC e até 80% dos tumores malignos encefálicos.
A classificação dos gliomas é realizada com base nos critérios histopatológicos e moleculares definidos pela OMS (Organização Mundial da Saúde), cuja versão mais recente, a de 2021, incorpora marcadores genéticos como o IDH (isocitrato desidrogenase) e a coaposição 1p/19q, além da análise da mutação do gene TERT, alterações no TP53, ATRX e status da metilação do promotor MGMT.
É o glioma mais agressivo e prevalente em adultos. Corresponde a um tumor grau IV da OMS e caracteriza-se por necrose, proliferação microvascular e comportamento infiltrativo. A forma IDH selvagem é mais comum em idosos e tem prognóstico reservado mesmo com tratamento combinado (cirurgia, radioterapia e temozolomida).
Diagnóstico
A ressonância magnética com contraste é o exame de imagem de escolha. Sequências específicas (FLAIR, T1, T2, perfusão, espectroscopia) auxiliam na caracterização tumoral. A confirmação diagnóstica e a classificação definitiva dependem de biópsia estereotáxica ou ressecção cirúrgica com análise histológica e molecular.
O manejo envolve:
Terapias direcionadas e imunoterapias vêm sendo estudadas, com resultados ainda limitados.
O prognóstico depende do subtipo histológico, perfil molecular, extensão da ressecção cirúrgica e resposta ao tratamento adjuvante.
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